Inovações tecnológicas serão um vetor de sustentação da cadeia produtiva
A sociedade contemporânea enfrenta cenários inéditos e quase assustadores, como as mudanças climáticas, tensões globais e o crescimento populacional. De acordo com o IBGE, o Brasil teve um aumento populacional de 6,5% nos últimos doze anos, ultrapassando 203 milhões.
Nas próximas décadas, o mundo será residência de 9,5 bilhões de pessoas, de acordo com relatório da ONU. Essas são apenas algumas das razões para o agronegócio focalizar a inovação em commodities e, assim, garantir que a cadeia produtiva acompanhe esse contexto socioeconômico.
Em paralelo, a revolução digital permitiu um salto exponencial na evolução de tudo que fazemos e produzimos. O desafio agora é implementar as novas tecnologias à produção de commodities para que esta se adapte aos tempos atuais e vindouros.
A importância da inovação na cadeia produtiva de commodities
O valor agregado pela implementação de inovações tecnológicas é inegável e traz inúmeras contribuições. Como mencionado em meu último artigo (leia aqui), o agro já está conectado: uma pesquisa da Universidade de Brasília mostrou que mais de 95% dos produtores rurais, aqui no Brasil, utilizam algum tipo de tecnologia digital. Esse dado é conveniente para a manutenção da economia nacional, dado que o agro representa uma fatia considerável do nosso PIB.
É interessante imaginar como os hábitos e costumes mudaram tão rapidamente nas últimas décadas. Hoje é possível, com o mínimo de esforço, ter informações decisivas do negócio na palma da mão: como estará o clima nos próximos dias; qual a cotação das moedas envolvidas nas suas transações; quais as previsões e dados das safras de grãos no país.
Dentre os principais benefícios da inovação tecnológica para a produção de commodities estão o aumento da produtividade, análises e previsões mais assertivas, tanto no campo quanto no chão de fábrica, e um melhor gerenciamento do supply chain. Tudo ao alcance de uma tela, por meio de um software de gestão que te permite um olhar mais próximo e atento ao que acontece.
Logicamente, torna-se antiquado o pensamento de que a produção de commodities não se relaciona a produtos pensados em polos como o MIT, como em casos da inteligência artificial ou estudos de DNA. Afinal, a otimização do trabalho traz um valor agregado que coloca a sua marca em destaque e à frente dos concorrentes.
O que dizem as pesquisas
Dado curioso de 2021, da McKinsey, sobre a digitalização dos processos no agro nacional é que, com a pandemia, houve um aumento de 10% no uso de meios digitais pelos agricultores. Hoje, sabe-se que boa parte dos produtores agrícolas utilizam algum recurso conectado à internet para o trabalho no campo, mesmo que seja um simples celular para consultas. Essa digitalização também contribuiu para o aumento e a agilidade das transações comerciais no agro.
A utilização de drones também é destaque no ciclo de produção agrícola. Sua operação garante 66% de precisão no monitoramento de pastagens, de acordo com pesquisa realizada pela Embrapa entre 2019 e 2021.
Outra divulgação, do relatório do Fórum Econômico Mundial, revelou que a agricultura regenerativa, com ajuda da inteligência artificial, vai gerar 62 milhões de empregos e negócios que ultrapassam a margem do trilhão de dólares.
Novas forças de trabalho
Na prática, a agricultura 4.0 otimiza o ciclo de produção de commodities, com automação de dados no ambiente virtual e comunicação de máquina para máquina (M2M).
Esse avanço tecnológico permite funcionalidades como:
integração com os aparelhos móveis dos colaboradores;
armazenamento de informações na nuvem;
fácil acesso a conhecimentos de melhores práticas do setor.
Todas essas categorias são fatores de desenvolvimento e automação para a cadeia produtiva.
Se a máquina pode resolver questões que tomavam mais tempo do funcionário, agora será possível atribuir especializações e planejamentos mais estratégicos.
Assim, abre-se um contexto favorável para o crescimento do negócio como um todo, bem como a qualificação e/ou contratações de equipes de alta performance.
Desafios e oportunidades na inovação de commodities
Conectividade das áreas rurais
O acesso à internet no campo levanta preocupações a respeito da aplicação das inovações tecnológicas. A inovação em commodities pode ajudar, e muito, o produtor rural a se alavancar e crescer na sua atuação comercial.
Porém, com a fraca ou nenhuma cobertura em determinadas regiões que abrangem suas terras, é praticamente inviável investir em dispositivos que dependem da internet para o seu funcionamento. Exceto pelas funcionalidades que conseguem trabalhar offline.
Mas o cenário é otimista: de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2021, o acesso à rede da população rural aumentou de 51% para 71% entre 2019 e 2021. Em sua maioria pelo celular, o que mostra que o número de pontos de conexão está em constante expansão.
Embora as zonas rurais tenham menos foco das companhias de telefonia do que nos centros urbanos, as inovações tecnológicas já estão servindo de impulso para que haja o aumento da cobertura e, seguidamente, da velocidade.
O case de sucesso “Do campo ao posto”
Um dos casos de sucesso que ilustram a boa implementação tecnológica em uma empresa é o app Shell Box, criado pela AP Digital Services.
O aplicativo foi desenvolvido como uma solução digital da Shell para oferecer facilidade e benefícios aos motoristas no Brasil. Ele permite pagamentos móveis e recompensas por lealdade, para o abastecimento nos postos da marca.
O incentivo à fidelidade aumentou a retenção de clientes e se tornou uma ferramenta essencial para muitos motoristas, que apreciam sua facilidade de uso e os benefícios oferecidos. Hoje, ele já transacionou mais de 35 bilhões de combustíveis, com mais de 40 milhões de transações no total.
Isso pode ser fonte de inspiração para repensar a relação entre o fornecedor e o comprador, bem como centralizar os fluxos de trabalho internamente e oferecer recompensas em determinadas situações. Assim será possível adquirir um valor agregado com inovação e até gamificação, uma jornada mais organizada para a empresa e prazerosa para o empregado e/ou cliente (clique aqui e conheça o case).
A inovação em commodities é uma oportunidade para o agronegócio brasileiro se tornar mais eficiente, sustentável e competitivo. As empresas que investem em tecnologia e superam os desafios do setor estarão melhor posicionadas para o sucesso no futuro.
Clique aqui e descubra como a AP Digital Services pode te ajudar a alcançar este objetivo:
Profissional com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e inovação. Luciana atuou em grandes empresas, como CI&T, Coca-Cola Company e Accenture.
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